domingo, 17 de agosto de 2008


cavalos no cocho, este companheiro do gaúcho, montaria de luxo, amigo pra toda hora.

já vem do tempo antigo, uns mansos outros malinos, nossos queridos equinos, compartilham nosso destino,

precisa ser quebra para quebrar-lhe o corincho, mas depois de domesticado, deixa de ser um cavalo, pra ser nosso amigo.

companheiro de todo dia, com chuva ou sol a pino, ou mesmo geada fria, lá está este animal, que além de serviçal, mostra desenvolta coragem.

e em sua homenagem, velho guapo e peleador, que ao lado do cachorro, ambos de valente serviência, escrevo estas tortas linhas mostrando seu real valor e eterna obediência.

velha tradição

eis aqui a visão, que nos contempla com a velha tradição,
basto, pelego, chergão, apetrechos do gaúcho do dia a dia no rincão,
carona, basto e correame, pendurados no arame,
um galpão, velho refúgio gaúcho, que sem pompa e sem luxo,
é o coração do rio grande, é o coração do gaúcho...
chão de terra, parede de tijolo bruto, arreios surrados pelo tempo,
e dentro do peito um orgulho,
lá num canto guardado, dorme quieto e calado, porém no romper da aurora, no lusco fusco matino, este velho teatino, vira o rei da madrugada.

ouro branco

chuva, tanta que encharca a alma, muito forte, nada calma.
corre alto no terreiro, encharca pátio e mangueira, até a árvore alviçareira nesta coxilha campeira.
água que gera vida, vida que mata a fome, água que rega o homem, ouro branco em campo verde.
Coisas do Sul.
Aqui estou para dar minha colaboração para o coisas do sul, sou marido e admirador da dona do blog.
As coisa simples que a vida nos proporciona, muitas vezes passam despercebidas, um chimarrão ao entardecer, observando na penumbra os bichos a retoçar. No que a noite toma forma e se apaga o rubro do por de sol, vem a cantiga de bichos noturnos, são sapos que em dueto com grilos, quebram o silêncio do mate. O trocar de palavras de um casal que se ama,
que ao som da natureza, fazem juras de amor, e antes que ronque a cuia, a vida tem mais sabor.
O Quero Quero alardeia, pelo alto das coxilhas, noite branda, nem quente nem fria, na temperatura ideal para que o belo casal aproveite a mansidão. Em vez de notícias ruins, a tv em silêncio, a natureza ressalta a paz no rincão, e entre um mate e outro, um murmúrio de coruja, e um grito de sorro, entre outros animais, reforçam um desejo, de alegria e sossego, num canto do Rio Grande, minha terra natal.
É simples bem sei, mas de um valor inestimável, onde o amor e a amizade, nascem da natureza, e nós dois com certeza, não trocamos por nada...